Cássio diz que RC não tem voz no Senado:Ele não tem peso nenhum, ele inexiste...


O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) afirmou que aposta no trabalho do senador paraibano Raimundo Lira (PMDB) como presidente da Comissão que avalia o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado para dar celeridade à votação. Ele ainda disse que o governador Ricardo Coutinho não tem voz no Senado para tentar reverter os votos de Lira e de José Maranhão (PMDB) a favor da petista. “Ele inexiste aqui no Senado”, disse.



“A indicação cabe ao PMDB e tenho certeza que Raimundo Lira vai fazer um trabalho com vistas a assegurar o devido processo legal, o direito de defesa, do contraditório, mas, sobretudo, o cumprimento dos prazos para que possamos ter até no máximo o dia 11 a votação em plenário o pedido de afastamento da presidente”, afirmou Cássio.



Segundo o senador, embora o próprio presidente do PMDB, senador Romero Jucá tenha afirmado que o partido não deveria ficar com a presidência da comissão, acredita que isso não será problema para os trabalhos. “Não tem nenhum impedimento legal. Se o PMDB se dispõe a enfrentar a crítica política que vai ser feita não há impedimento de forma nenhuma no aspecto legal”, assegurou.



Cássio Cunha Lima afirmou ainda que a Executiva Nacional do PSDB deve se reunir no próximo dia 3 e deve deliberar sobre a participação no possível governo de Michel Temer (PMDB). “A gente está discutindo uma relação institucional com o novo governo e vamos esperar que a reunião da executiva, prevista para o 3 de maio delibere sobre isso”, afirmou.


“Ricardo inexiste no Senado”



O senador tucano falou também a respeito da participação do governador Ricardo Coutinho (PSB) nos trabalhos de convencimento dos parlamentares a não votarem favoráveis ao impeachment na Câmara, conforme ocorreu co governadores de outros estados. E agora com o processo tramitando no Senado ele disse que o socialista novamente não terá força para convencer qualquer um dos senadores paraibanos.



“Em 12 deputados ele não teve um voto sequer. Ele defende, é parceiro de Dilma, companheiro dela, age como ela, tem as mesmas práticas políticas, mas não tem poder de influência na decisão do Congresso. O que os parlamentares da Paraíba disseram de forma clara foi que eles ficaram com a maioria do povo de nosso estado e Brasil. E agora no Senado ele não tem peso nenhum, ele inexiste aqui”, afirmou.

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