Paraíba registra 25 mortes por Aids no primeiro trimestre deste ano...


Considerada uma doença silenciosa e sem apresentar sintomas, a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), causada pelo vírus HIV, destrói as defesas do organismo, e se não tratada corretamente e de forma precoce, pode levar à morte. Somente no primeiro trimestre deste ano, 25 pessoas morreram por Aids, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, 37,5% a menos em relação ao mesmo período de 2015, que registrou 40 óbitos. O primeiro registro de morte na Paraíba foi em 1985.

Luan Pereira (nome fictício), 45 anos, é portador do vírus HIV há cinco anos, mas demorou para encarar o tratamento, pois não aceitava o diagnóstico da doença. “Inicialmente comecei a perder muito peso e não entendia o que podia ser, mas tinha uma suspeita já. Depois de alguns meses procurei o médico e recebi o pior diagnóstico da minha vida. No início foi muito difícil para encarar a família e amigos, mas hoje consigo ter uma vida normal e saudável”, ressaltou.

Desde o registro da primeira morte por Aids na Paraíba, o Estado já contabilizou 2.190 óbitos. Dados fazem parte do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Como o SIM só registra números referentes ao período de 1985 a 2014, por município, a maioria dos óbitos foi registrada em João Pessoa (473), Campina Grande (236), Santa Rita (97), Bayeux (79) e Cabedelo (67).

A chefe do Núcleo de DST/Aids do Estado, Joanna Ramalho, lembrou que assim que o portador de HIV receber o diagnóstico ele pode procurar os Serviços de Assistência Especializada (SAE), que são sete no Estado e se localizam em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande e Patos. Além dos hospitais, que são referência no tratamento, Como o Hospital Universitário Lauro Wanderley, na capital, e Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande.

Notificação

A Paraíba registrou o primeiro caso de Aids em 1985, em João Pessoa, sendo uma pessoa do sexo masculino. Desse período até 2015 foram notificados na Paraíba 6.958 casos da doença, a maioria deles em João Pessoa (2.840) e Campina Grande (1.117), sendo os homens os mais atingidos. O Ministério da Saúde (MS) alerta que receber o diagnóstico da doença não impede os soropositivos de levarem uma rotina normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. As pessoas com HIV podem viver muitos anos sem desenvolver a Aids, entretanto, a prevenção é essencial, já que o vírus pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas, seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e amamentação, conforme informou o MS.

Óbitos por Aids

Em 2015                                                     Em 2016

Janeiro - 15 óbitos                                      Janeiro - 11 óbitos
Fevereiro - 16 óbitos                                  Fevereiro - 5 óbitos
Março - 9 óbitos                                          Março - 9 óbitos
Abril - 14 óbitos
Maio - 13 óbitos
Junho - 16 óbitos
Julho - 12 óbitos
Agosto - 14 óbitos
Setembro - 14 óbitos
Outubro - 14 óbitos
Novembro - 11 óbitos
Dezembro - 13 óbitos




Fonte Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba

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Oleh