Campanha quer diminuir espera por órgãos, que pode demorar mais de um ano na PB...


A Central de Transplantes da Paraíba lança nesta sexta-feira (5) a campanha ‘Gesto Herói – o poder de doar vida’ para conscientizar os paraibanos sobre a importância da doação de órgãos. No estado, 62% das famílias de pessoas aptas a doar não permitem a doação dos órgãos mesmo com a constatação de morte cerebral do paciente. Esse número contribui para a manutenção das mais de 750 pessoas que aguardam um novo órgão. Essa espera pode demorar mais de um ano.

A campanha vai ser lançada às 12h, no Centro da Capital, com estande fixado no Shopping Tambiá, para que a população tire dúvidas relacionadas à doação e transplante de órgãos. 

Além da exibição de depoimentos reais de familiares de doadores falecidos e pacientes transplantados, os visitantes contarão com painéis explicativos sobre o processo e, ainda, a presença de especialistas em doação e transplante para responder perguntas. 

PB fez quase 150 transplantes em 2015, mas fila é grande

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de pessoas que estão na fila de espera por transplante de órgãos supera em mais de cinco vezes o número de transplantes realizados por ano no estado.

Os dados mostram que a espera por um novo rim conta com 372 paraibanos na fila; para transplante de córnea, com 376 pessoas; e três pessoas esperam por um transplante de fígado. 

Como comparação, em 2015, 148 pessoas receberam transplante de órgãos no estado. Já neste ano, o número chegou aos 93 procedimentos até o mês de junho.

“O tempo médio de espera por um transplante na Paraíba varia dependendo do tipo de órgão. O paciente aguarda, em média, 14,1 meses por um transplante de córnea, 12,4 meses por um rim e menos de um mês por um fígado”, informou o Ministério.

Atualmente, 11 hospitais ou clínicas espalhados por João Pessoa e Campina Grande estão aptos a realizar transplantes de córneas e fígado. De acordo com o Ministério da Saúde, o Hospital Arlinda Marques está em fase de renovação da habilitação para o procedimento de transplante de rim.

No Brasil, a autorização para a doação de órgãos é concedida pelos familiares. Dessa forma, para que a vontade em doar os órgãos após a morte seja atendida, é importante que o potencial doador comunique sua família sobre essa decisão e pedir que ela atenda ao desejo. 

A doação de órgãos pode ocorrer após a morte encefálica ou em vida. Neste último caso, é possível doar um dos rins, parte do fígado e uma parte dos pulmões para um cônjuge ou parente até o quarto grau e com a devida compatibilidade.

Portal Correio

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