Itaporanga: Família de frentista preso, diz que prisão é injusta e apela por sua liberdade...


Familiares do frentista José Adriano da Silva, de 40 anos, procuraram a redação da Folha na tarde desta sexta-feira, 5, para dizer que a prisão do trabalhador foi injusta e que ele foi vítima e não o autor do roubo, como está sendo acusado pela polícia. “Eles deveriam era procurar o homem que botou uma faca no pesco do meu marido, e não prender um pai de família que passa a noite toda para ganhar 30 reais e ainda ter que passar por uma situação dessa: preso por um crime que não cometeu”, disse Patrícia Galdino, esposa Adriano, em tom de revolta.
            Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça, a pedido do delegado que cuida do caso, e foi preso no último dia 29, acusado de forjar o roubo ao posto Santo Antônio, que fica na saída de Itaporanga para o Caiana, onde trabalhava como frentista havia um ano e três meses, mas os familiares dizem que não há provas para embasar esta acusação.

             O crime ocorreu na madrugada do domingo, 24 de julho, quando um homem a pé, de capuz e armado com uma faca rendeu o frentista e tomou todo o dinheiro disponível no momento, cerca de 1.300 reais. No entanto, para a polícia, tudo não passou de uma simulação para esconder a verdadeira autoria do fato, tanto que o acusado teria fugido do local no próprio carro da vítima, ou seja, foi um roubo forjado, conforme a polícia, mas a mulher contesta a investigação policial. “É impossível ele ter fugido no carro do meu marido, porque o veículo estava em casa, guardado na garagem, e o carro que a polícia diz que aparece nas imagens das câmaras do posto pode até  ser parecido, mas não é o dele, e a gente tem testemunhas”, comentou ela, o que foi confirmado pela irmã do acusado: “esse carro passou cinco dias guardado, e, dias depois do roubo, é que ele precisou sair e tirou o veículo de casa”, disse Maria Adriana.
            
Conforme ainda Patrícia, seu esposo não foi preso em casa, como inicialmente divulgado, mas apresentou-se espontaneamente na delegacia ao tomar conhecimento de que policiais estiveram na sua casa e foi à delegacia para saber o que a polícia queria com ele, e terminou sendo preso. “Se ele devesse, não teria procurado a delegacia, e se fala muito na imagem desse carro, mas não mostram a imagem do bandido botando a faca no pescoço dele”, argumentou a esposa.

            A família reside na Rua Manoel Rufino de Sousa, no conjunto Chagas Soares, em Itaporanga. José Adriano é pai de três filhos, a mais nova com 4 anos, e também cuida de um irmão portador de necessidades especiais. Sua esposa informou que o carro que ele tem é financiado e ele trabalha muito para conseguir pagar o carro. Além das atividades no posto, fazia outros serviços. “Ele já trabalhou com muita gente aqui em Itaporanga e ninguém nunca teve queixa dele, e já passou muita dificuldade, mas nunca precisou fazer coisa errada, e todos que o conhecem sabem que ele não seria capaz de uma coisa dessa”, comentou.

            A família está indignada com prisão e apela à Justiça de Itaporanga que veja melhor o caso para não deixar que um inocente continue pagando por um crime que não cometeu. Os familiares não podem pagar advogado e pedem também que algum profissional do direito possa, voluntariamente, defender José Adriano, que está bastante abalado emocionalmente com o cárcere e roga por oração da comunidade evangélica da qual faz parte. O celular da família é o 998534572. Foto: irmã e esposa de José Adriano na luta pela sua liberdade.

Fonte Folha do Vali copiado a pedido da família

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