Policiais fazem vaquinha para água, café e até papel higiênico na nova Central de Polícia...


Falta papel higiênico, café e até água mineral nas dependências da nova Central de Polícia de João Pessoa, inaugurada em 21 de agosto de 2015, no bairro do Geisel. Os problemas também incluem a falta de pagamento de funcionários terceirizados, que são responsáveis pela limpeza. A saída, segundo informações repassadas por policiais que atuam na unidade, é fazer ‘cotinhas’ para comprar o café, a água, o papel higiênico e, ainda, pagar pela limpeza do prédio.


Com custo total orçado em R$ 19 milhões, a Central de Polícia padece de manutenção estrutural, segundo os próprios servidores que pedem para ficar no anonimato, por questões óbvias. “Faz tempo que nós policiais precisamos fazer cotinha para comprar café e água. Nada disso é novidade por aqui, infelizmente”, declarou. Uma das fotos enviadas a este blog mostra parte de um banheiro da Central interditado, e suportes sem papel para enxugar as mãos.

Na propaganda da obra, ano passado, a qualidade de equipamentos e instalações do prédio figurava entre os pontos mais exaltados pelo Governo do Estado, que construiu a nova Central de Polícia através do empresário Roberto Santiago, dono do Manaíra Shopping. A construção fez parte do ‘troco’ devido ao Estado em razão da permuta do terreno do Geisel onde foi construída a Central por uma área bem maior e mais valorizada onde funcionava a antiga Academia de Polícia, em Mangabeira. Lá, o empreendedor construiu um novo shopping.

O prédio tem seis blocos ocupados pela 1ª Superintendência de Polícia Civil, delegacias seccionais e 13 especializadas: Homicídios, Repressão a Entorpecentes, Crimes contra o Patrimônio, Infância e Juventude, Repressão a Crimes contra a Infância e Juventude, Crimes contra o Meio Ambiente, Repressão a Crimes Homofóbicos, Atendimento ao Idoso, Defraudações e Falsificações, Ordem Econômica, Ordem Tributária, Roubos e Furtos de Veículos e Cargas e Atendimento à Mulher.

A nova Central de Polícia de João Pessoa começou a funcionar no dia 1º de setembro do ano passado, com registro de boletins de ocorrência 24 horas e uma Central de Flagrantes.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Defesa Social. Contato feito com a Assessoria de Imprensa do órgão. O blog ainda aguarda posicionamento oficial do órgão sobre os problemas da Central de Polícia da Capital, prometido para a sexta-feira (9).

(Valéria Sinésio)

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