Um efetivo da 16ª Delegacia Seccional de Polícia Civil e da 5ª Companhia de Polícia Militar da Paraíba, com sede em Princesa Isabel, no Sertão da Paraíba realizaram nessa quinta-feira (13) a ‘Operação Anthíganos’, que teve como objetivo prender suspeitos de envolvimento no assassinato de Roberto Lopes, conhecido como ‘Isaías Cigano’, ocorrido no dia 6 de março deste ano, na cidade de Imaculada, também no Sertão.
A ação policial foi executada em Ibupi (PE), com apoio da Polícia Civil daquele estado, e resultou na prisão de um comerciante de 27 anos, por cumprimento de mandado de prisão e posse ilegal de arma de fogo, e ainda de um agricultor Cláudio Gomes de 52 anos, e de mais dois comerciantes, um de 38, e outro de 34 anos, também por posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com o delegado Cristiano Jacques, no dia do crime, Roberto Lopes ia saindo em seu carro com sua esposa e filhos, quando foi surpreendido por dois indivíduos em uma motocicleta, que já chegaram atirando e executaram a vítima no local com vários disparos de arma de fogo. “Ele foi alvo da guerra entre clãs ciganos, que perdura há muitos anos e já resultou na morte de várias pessoas no Nordeste brasileiro. A Polícia acredita que a morte de Isaías Cigano foi planejada e executada por um clã cigano, em represália à morte de Chico Cigano”, explicou o delegado.
O nome da operação faz referência à palavra que em grego bizantino significa ‘aquele em que não se deve tocar’. Todos os presos e material apreendido – uma pistola e três revólveres, além de munições – foram encaminhados para a delegacia de Ouricuri, em Pernambuco. Outros três envolvidos estão foragidos.
Motivação do crime
De acordo com o que foi apurado pela Polícia, no dia 19 de julho de 2016, por volta das 19h, no bairro Vila Nova, em Marizópolis, Sertão da Paraíba, foi assassinado Zerinaldo Justino Alves, de 62 anos, conhecido como ‘Chico Cigano’, da cidade de Floresta, Sertão de Pernambuco. Ele estava em companhia de outras pessoas em uma calçada, quando os criminosos chegaram em um veículo pick-up de cor preta, com pessoas na caçamba e de posse de várias armas de diferentes calibres e atiraram.
“Na ação delituosa, Chico Cigano morreu no local e outras quatro pessoas foram baleadas, três identificadas como “Bombeiro”, Edna e sua mãe Colêr. As mulheres seguiam para a igreja quando foram atingidas pelos tiros e tudo isso é imputado, pelo clã de Jussiê, a Isaías Cigano, que seria o mentor intelectual o crime”, completou o delegado Cristiano Jacques.
Pistolagem
Os irmãos, segundo a Polícia, além de chefiarem um clã, com sede em Ouricuri, mas com atuação em todos os estados do Nordeste brasileiro, são suspeitos da prática de pistolagem, atuando durante muitos anos no município de Floresta.
“As investigações apontam que os irmãos são temidos, pois não demonstram remorso na execução de suas vítimas, e eram pagos para matar. A eles são atribuídos mais de 30 homicídios. No ano de 2016, Chico Cigano foi morto por um grupo na Paraíba, o que também motivou a guerra entre os clãs ciganos rivais e resultou na morte de Isaías, em Imaculada, e outro cigano que foi morto meses depois em Ouricuri”, revelou a autoridade policial.
Fonte: Vale do Piancó Notícias
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Jackson Geógrafo