Primeiro vigilante do Banco do Brasil de Itaporanga deixa agência depois de 32 anos de trabalho...


Quando a agência do Banco do Brasil abriu suas portas pela primeira vez, em 21 de outubro de 1983, ele já estava lá, de prontidão, para garantir a segurança bancária. Daquele primeiro dia de trabalho até esta sexta-feira, 11, seu último dia no banco, passaram-se 32 anos e pouco mais de 4 meses.

Aluísio Rufino Ferreira, conhecido popularmente como Negão, despediu-se do banco, onde passou quase metade da vida, e dos colegas nesta tarde, ao fim do último expediente, e não pode esconder os olhos úmidos. A alegria da aposentadoria veio misturada ao saudosismo. “Aqui tenho muitos conhecidos e deixo muitos amigos”, disse ele, que reside na Rua Margarida Remígio, em Piancó.

Funcionário exemplar, em mais de 32 anos de atividade na agência talvez não tenha faltado mais do que dez dias ao trabalho, e as raras faltas ao longo de todo esse tempo foram por razões justificadas. Na década de 70, trabalhou também em Brasília, onde passou quatro anos, e lá serviu ao Exército.

Sua família paterna é dos Rufinos de Itaporanga, mas nunca quis morar na cidade onde trabalhava: sempre preferiu, ao fim de cada dia de atividade, seguir para sua casa em Piancó e retornar no outro dia ao banco. Foram muitas caronas, idas e vindas, entre as duas cidades nessa longa estrada de trabalho.

Viu, ao longo do tempo, o Banco do Brasil de Itaporanga passar de uma pequena agência, de pouco movimento, para a maior instituição bancária da região. O BB local foi a terceira inaugurada: vieram, antes, a agência de Piancó e a de Conceição. Em todo esse tempo de vigilância, nunca teve que enfrentar um assalto, motivo de felicidade. Agora, aposentado, vai se dedicar à sua plantação de frutas, uma pequena área com várias espécies que cultiva com sabor. De origem rural, sempre foi ligado ao campo e, com seu pluviômetro, apura todas as chuvas que banham Piancó, onde, conforme ele, já caiu este ano 390 milímetros.


Fonte Jornal Folha do Vali Online 

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Oleh