Casos confirmados de H1N1 na Paraíba já é maior que em 2009; estado já registra nove mortes...


O número de casos confirmados de H1N1 na Paraíba já é maior que no ano de 2009, quando foi registrada uma epidemia no Brasil e uma pandemia mundial. O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta quinta-feira (02) revela que o ano de 2016 tem quatro casos notificados a mais que o ano de 2009.

Ao todo, a Paraíba tem 176 casos notificados da doença este ano, sendo que 19 (10,7%) foram confirmados. Outros 31 (17,6%) já foram descartados e os demais estão em investigação. Isso revela um aumento nos registros confirmados de pessoas que adoeceram e que apresentaram o agente etiológico do H1N1.

Nove mortes por H1N1 foram confirmada. Os casos fazem parte de uma estatística de 27 notificações de óbitos suspeitos. Dez mortes foram descartadas para o agente etiológico de influenza e 15 seguem em investigação.

“No entanto, atualmente as notificações realizadas por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) englobam um número maior de doenças respiratórias, o que eleva o número de casos notificados. O objetivo é conhecer o comportamento não só das doenças ocasionadas pela influenza, como também das pneumonias, diferente do ano de 2009, quando as notificações eram feitas apenas para a influenza pandêmica H1N1”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega.

No que diz respeito aos registros notificados de SRAG, quanto à presença de comorbidades (pelo menos duas doenças num mesmo paciente), as doenças ocasionadas por outras causas são o grupo mais acometido (27%), seguido das cardiovasculares (18%), doenças metabólicas por diabetes mellitus (16%), do aparelho respiratório (12%), obesidade (8%), doença renal (4%), neurológica (5%), imunodeficiência (4%), Síndrome de Down (2%), doença hepática (2%) e no período puerperal (2%).

“É importante ressaltar que as prevalências de doenças cardíacas, pulmonares, metabólicas e neoplásicas aumentam com a idade, e que os pacientes de doenças crônicas muitas vezes não são vacinados por não estarem cientes de sua condição de risco ou por falta de recomendação médica”, informou a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da SES, Anna Stella Pachá.

Diante do cenário atual, a SES recomenda à população e a todos os serviços de saúde do Estado intensificar as ações de prevenção e controle mencionados na Nota Técnica 01/04/2016 SES/PB – Orientações de prevenção para controle da transmissão de influenza no Estado da Paraíba.

“Para prevenir, é fundamental a lavagem frequente das mãos, evitar locais com aglomeração de pessoas e não levar crianças com gripe para a escola. Para os profissionais, é imprescindível manter a vigilância dentro do serviço – identificando precocemente os casos suspeitos e intervindo oportunamente para que estes não cheguem à gravidade, podendo culminar em óbito”, orienta a gerente de Vigilância Epidemiológica da SES, Izabel Sarmento.

Imunização – Entre as medidas de prevenção, destacou-se a campanha de vacinação contra a influenza (gripe) que ocorreu no período de 30 de abril a 20 de maio deste ano em todas as unidades de saúde dos 223 municípios do estado. A campanha de vacinação foi direcionada, conforme diretrizes do Ministério da Saúde, aos seguintes grupos prioritários: crianças de seis meses a menores de cinco anos, gestantes, puérperas, trabalhadores de saúde, povos indígenas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independe da idade.


Do Paraíba Geral

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Oleh