Morte de tenente baleado na cabeça pode não ter relação com fuga do PB1, diz secretário...


A morte do tenente Erivaldo Moneta, da Polícia Militar, confirmada na segunda-feira (10), pode não ter relação com a fuga de mais de 90 detentos do presídio de segurança máxima PB1, que aconteceu na madrugada do mesmo dia, em João Pessoa, segundo o secretário de Estado da Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima.

Tenente Erivaldo Moneta foi baleado na cabeça na madurgada da segunda-feira (10) — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Cláudio Lima explicou que o tenente Erivaldo Moneta fazia parte da equipe de Inteligência de atua no PB1. Ele e outros policiais foram acionados para um chamado na Academia de Polícia Civil (Acadepol) depois da explosão seguida de fuga em massa no presídio.

"Ele estava trabalhando, estava na operação. A única diferença é que ele estava em um carro descaracterizado, porque ele era da Inteligência. Ele estava em deslocamento, quando chegou em frente à Acadepol, houve essa ocorrência", afirmou o secretário.

No entanto, de acordo com ele, só será possível fazer declarações conclusivas após o resultado das investigações. "Existe essa possibilidade de serem os criminosos envolvidos nessa quadrilha, existe possibilidade de não ter sido, pode ser uma outra ocorrência que não tem relação. [...] A gente só pode fazer afirmação ou qualquer declaração conclusiva após o relatório do inquérito policial", disse.

O tenente estava perto da Acadepol, na PB-008, quando foi baleado na cabeça, durante uma troca de tiros. Ele foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos e teve a morte cerebral confirmada na tarde da segunda-feira (10).

Segundo o Instituto de Polícia Científica (IPC), as armas dos policiais e seguranças que estavam no local no momento em que o tenente foi baleado foram recolhidas para exames balísticos. O resultado das perícias deve ser divulgado em um prazo de dez dias, que pode ser prorrogado.

O delegado da Delegacia de Homicídios de João Pessoa, Reinaldo Nóbrega, informou que só irá falar sobre o caso quando o laudo pericial for finalizado. 

Ataque e resgate de presos no PB1

A fuga começou com pessoas atirando de dentro da mata que fica próxima ao presídio. Segundo informações da Polícia Militar, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal. Havia grande quantidade de armamento, inclusive fuzis ponto 50, que têm capacidade para perfurar uma parede. Por causa da munição utilizada pelos criminosos, os agentes penitenciários tiveram que se abrigar.

Com isso, os criminosos conseguiram se aproximar e utilizar explosivos no portão da frente e da lateral do PB1, tendo, assim, acesso à unidade prisional. Com um alicate, eles arrombaram os cadeados para libertar Romário Gomes Silveira, alvo do resgate e suspeito de explosões a bancos e carros-forte. Após ele ser resgatado, outros presos também pegaram os alicates para abrir as celas.

O secretário de administração penitenciária, Sérgio Fonseca, declarou que no circuito de câmeras do presídio foi observado que quando os criminosos entram no PB1 e invadem o pavilhão, vão diretamente à cela de Romário. Quando ele sai, recebe um fuzil e comanda a ação de fuga.



Fonte: Redação do Portal Vale do Piancó Notícias com G1


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