Jovem transforma fabricação caseira de pesos de academia com concreto e tubo de aço em negócio...

 

Um microempreendedor de Santa Rita, na Grande João Pessoa, transformou a fabricação caseira de pesos de academia, feitos com concreto e tubo de aço, que eram confeccionados apenas para consumo próprio, em negócio e fonte de renda. Ha 9 meses, José Alex, de 25 anos, produz os equipamentos e vende para pessoas que praticam exercícios físicos, profissionais da área e donos de academias. Um investimento de R$ 150 resultou em 40 pesos vendidos na primeira semana. Hoje, são mais de 4 mil produtos vendidos.

A história de José Alex foi contada na edição deste domingo (7) do Paraíba Comunidade. A habilidade de fazer pesos começou há 8 anos, quando Alex decidiu fazer os próprios equipamentos de pesos para treinar em casa. "Eu já produzia os pesos para mim, necessitava aumentar minha renda e, com isso, vi a oportunidade de produzir e vender justamente num contexto de pandemia em que as academias estavam fechadas", disse.

"Antes do meu próprio negócio, eu equilibrava universidade, trabalho e ainda me preparava para concursos. Era muito difícil".

O microempresário teve a iniciativa há 9 meses, quando trabalhava como pintor. No entanto, os serviços diminuíram e Alex idealizou o "Peso raiz", que hoje conta com uma produção de 4 mil pesos vendidos. Os R$ 150 foram investidos para a compra dos utensílios que utiliza na produção: concreto, tubo de aço e o emborrachado das laterais. Ao divulgar o trabalho em um site de vendas, 12 pedidos foram feitos em poucos dias.

Com o dinheiro das vendas iniciais, o jovem viu a oportunidade de investir ainda mais no pequeno negócio e, com melhores equipamentos para o trabalho, pode investir na própria oficina montada em casa. Cerca de 40 pesos foram vendidos na primeira semana do negócio.

Produção de peso passou a ser feita em grande escala pela alta demanda de pedidos. — Foto: José Alex/Arquivo pessoal

Produção de peso passou a ser feita em grande escala pela alta demanda de pedidos. — Foto: José Alex/Arquivo pessoal

Após três meses de negócio, Alex percebeu que não daria conta sozinho da demanda solicitada pelos clientes, então sentiu a necessidade de contratar um ajudante, Daniel, para trabalharem juntos. Os dois são amigos e visam um crescimento ainda maior no trabalho que desenvolvem. Eles têm a produção dividida e conseguem produzir cerca de 300 pesos por mês, além de outros utensílios de academia como bancos, estruturas para barras e para treinos.

A produção leva em média 4 dias, com produtos de variados quilos, barras e bancos para treino. O processo é de divisão, execução, acabamento e entrega. Na divisão, os pedidos são recebidos por rede social, aplicativo de vendas e contato direto com o microempresário via telefone. As vendas via rede social são responsáveis por quase 80% do lucro.

Microempreendedor produz os pesos em casa, com equipamentos adquiridos através do primeiro investimento. — Foto: José Alex/Arquivo pessoal

Alex estudou Gestão Pública na Universidade Federal da Paraíba e contou ao G1 que a graduação trouxe inúmeras influências, em especial pelo contato com disciplinas que despertaram a curiosidade nele, como administração geral, gestão de processos, gestão de projetos e de pessoas. "Isso significa o embrião de tudo que executo hoje no meu empreendimento", ressaltou.

Além dos investimentos e lucros, o microempresário utiliza um aplicativo para controle dos gastos pessoais e, sobretudo, dos gastos do próprio negócio. Segundo ele, são determinadas metas de vendas para cada mês e há um investimento de 60% do que é apurado na microempresa. "Não há nada tão bom que não possa ser melhorado", diz ele, otimista para investir cada vez mais no pequeno negócio.

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Oleh