Um quarto suspeito de envolvimento na morte do policial militar do estado de São Paulo, Paulino Picon Moreno, de 78 anos de idade, que foi assassinado no dia 3 de janeiro, depois de ser levado por 3 jovens de sua residência, na cidade de Conceição para o sítio Pombinhos, que fica na zona rural de Diamante, teve prisão preventiva decretada pelo juiz Antonio Eugênio, juiz da comarca de Itaporanga. O corpo só foi encontrado, na tarde o dia 4, depois que os dois suspeitos presos, Matheus Eugênio dos Santos, de 20 anos e Mikael Santana, 21 anos de idade levaram os agentes da Polícia Civil de Conceição, Barromeu e Erivaldo foram até o local, onde a vítima foi morta.
Posteriormente, os dois suspeitos presos tiveram prisão preventiva decretada e estão presos na cadeia Pública de Conceição. Um terceiro suspeito, que teria participação no crime teve prisão preventiva decretada pela justiça.
Como o crime foi praticado no município de Diamante, o processo tramitará na Comarca de Itaporanga. Ao portal Vale do Piancó Notícias, o juiz Antonio Eugênio, que assumiu o caso, explicou que decretou a prisão preventiva de um quarto homem, suspeito de envolvimento na morte da vítima.
Antonio Eugênio-juiz da comarca de Itaporanga
Segundo consta da representação, no dia 3 de janeiro de 2022, Matheus Eugênio dos Santos, Mikael Santana e um terceiro envolvido, estavam na residência da vítima, a convite dela. Após um desentendimento, no entanto, resolveram subtrair a quantia de R$15.000,00 da vítima, através de movimentação bancária e assassiná-la. A subtração não chegou a se consumar. A vítima chegou a ser transportada nua e amarrada até um local ermo, onde foi assassinada. Ainda, no local, os acusados tentaram ocultar o cadáver da vítima.
No dia 4, a Polícia Civil conseguiu localizar e prender apenas Matheus Eugênio dos Santos e Mikael Santana, estando o terceiro suspeito foragido, com mandado de prisão expedido em seu desfavor.
Ao serem interrogados em sede policial, Matheus Eugênio dos Santos e Mikael Santana confessaram a autoria delitiva. Em seguida, eles confirmaram a participação do terceiro e citaram o nome de uma quarta pessoa, que também teria participação no caso, sendo a pessoa que teria negociado o carro da vítima com um receptor de Itaporanga, ainda não identificado.
“De forma humilhante, os investigados teriam amarrado a vítima ainda nua, minutos após ela ter mantido relação sexual com um deles, e conduzido ela até um local ermo onde desferiram repetidas facadas. Há indicativo bastante do meio cruel”, diz a decisão do juiz Antonio Eugênio.
“Ademais, observa-se a vulnerabilidade da vítima, idoso com mais de 70 anos, não se justificando de forma alguma a brutalidade com que foi tratado. Assim sendo, entendo que está configurado o requisito da garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal. Isto posto, em consonância com o parecer ministerial, tratando-se de crime que comporta o decreto preventivo e estando presente os requisitos da garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, com fundamento nos artigos 311 e 312, do Código de Processo Penal, DEFIRO o requerimento formulado pela autoridade policial e DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA do quarto suspeito, até que a situação que a autorizou desapareça”, finalizou o magistrado..