Substituto de Cunha na Câmara Federal anula votação do impeachment contra Dilma...


O presidente interino, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), anulou nesta segunda-feira (9) as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando os deputados federais aprovaram a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele acatou pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). 

Em nota, Maranhão explicou que viu irregularidades na votação na Câmara. Entre elas, o presidente interino citou o fato de deputados terem anunciado os votos antes da hora e o fato de alguns partidos terem interferido no voto de seus parlamentares.

Maranhão não acolheu a arguição de nulidade da votação, no entanto acolheu os demias questionamentos da Advocacia Geral da União (AGU) por entender que ocorreram vícios que tornaram nulas de pleno direito a votação. Ele entendeu que os partidos não poderiam fechar questão e os deputados teriam que votar livremente. Na nota divulgada pela presidência da Câmara Federal, isso caracterizaria pré-julgamento e cerceamento de defesa da presidente da República. 

Waldir Maranhão informou ainda que enviou ofício ao presidente do Senado, Renan Calheiros, pedindo que o processo seja devolvido à Câmara. Ele determinou uma nova votação do prosseguimento do impeachment na Casa. A data dessa nova votação não foi divulgada. 

 Depois de ter prosseguimento aprovado na Câmara dos Deputados no dia 17 abril, o processo de impeachment seguiu para o Senado. Comissão formada por senadores de oposição e da base aliada foi a favor da admissibilidade do processo na Casa e seria votado em plenário na próxima quarta-feira (11).  

Waldir Maranhão é aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do b), um dos principais aliados de Dilma Rousseff. O deputado votou contra o imepachment, contrariando a decisão do PP, que havia fechado questão a favor do impeachment. Maranhão é investigado pela Operação Lava Jato. 

O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), assumiu interinamente a Presidência da Casa na quinta-feira passada (5), em decorrência do afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. O ministro deferiu medida requerida na Ação Cautelar (AC) 4070. 


Portal Correio

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